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3 de out. de 2013

A fuga

Uma fome de quem não come há tempos
sede de quem não bebe água no deserto
inquietas sensações que perturbam meu centro
não existem ruas calmas
nem peitos quietos
há sempre um tum-tum-tum
bonito ritmado aceleramento cardíaco
interessante depois de cansado
movimentos efêmeros
fugas escrotas
soltem as putas
não difame as meninas
as mulheres são iguais
melhores que doce
são melhores que um pote de mel
melhores que brigadeiro de panela
são melhores em tudo!
frios doces calafrios
arrepios
vendavais anunciados
tempestade desprevenida que surge enfim, aqui.
estou crescendo
pra dentro
estou transbordando pra fora
não caibo mais dentro
quero frutos
florescimento
enfim, deu-se, enfim...o salto!

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