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21 de mai. de 2012

23:14

O que mata a sede é água
mas parece que em uns dias o que não mata a sede mas que adormece as feridas é o álcool
cinquenta garrafas vazias na mesa
sua mente entorpecida
sua alma vagando
onde é que nós estamos querendo chegar assim?
totalmente sem controle
sempre tivemos tudo
comida
coca-cola
amor
afeto
família
mas parece ter algo faltando
sempre terá!
sempre terá um vazio
sábios alimentam este buraco com calma e paz
burros enfiam qualquer coisa a toa
vivo por aí
prestando atenção nas coisas
já andei em tantos cantos
já subi tantas comunidades na tentativa de estar perto de todo o tipo de gente
já fui em festas repletas de ricos
já estive em sambas
rap
reggae
jazz
caminhando por aí
tentando entender de onde vem essa fome de gente
essa fome de vida
essa sede que não tem fim
tentando controlar as loucuras da mente
as perturbações a toa
mas é que a sensibilidade cresceu tanto que não cabe mais apenas aqui dentro do peito
não cabe mais dentro da gaveta
as palavras transbordam
eu transbordo!
E vivo tentando encontrar um caminho
vivo tentando um espaço.

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