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13 de jan. de 2009

Talvez nada seja isso tudo o que se passa aqui dentro do peito
Acelera como bateria de escola de samba
Há um certo desequilibrio que me deixa assim
Tão leve como pena de pombo pendurado no fio
Por um fio, apenas pendurado
Quase que sendo eletricutado
Dor
Já não mais sente nada
Nem a gota de suor que cai tão leve pelo rosto
Sujo de vida
De suor e poeira das ruas
Sujeito que sujo segue seus dias
Meu corpo treme
Sinto medo do fio, medo de mim
E do meio da rua eu olho desesperado pra todas as janelas
E procuro insistentemente por algum rosto
Que seja desconhecido
Novo e belo
Aquela sensação com algumas pessoas
Que mesmo na primeira vez em que nos olhamos
Já existe um interesse
Intrigante
Me ponho como curioso
Atrás dos óculos escuros
Minhas lentes em direção aos rostos que passam

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