nada pode ir contra o tempo
com a máquina parada
com o cérebro de férias
com as mãos calejadas
um blues qualquer bem alto espantando os pensamentos chatos
eles cobram demais
todos correm por ruas
e as horas saltam do relógio
os dias somem no calendário
o velho negro de botas sujas grita suas doces melodias nos meus ouvidos
um caminhão de lixo buzina lá fora
abrigo do meu quarto
onde guardo meu peito no frio da noite
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