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6 de mar. de 2013

Aquelas duas

E de repente começa a chover no Rio de janeiro
uma terça-feira de março, final de verão e havia amor, sentimento e sentimentalidades no ar das ruas
impregnados em quartos
eram duas mulheres jovens que aprenderam com os dias que o significado da vida estava na beleza e suavidade de sensações
de emoções comprovadas 
elas desde um tempo atrás não se desgrudavam mais
eram vorazes com suas horas
eram amantes em seus quartos
estavam tomadas por romance
aquelas duas  pessoas
falavam em sair por aí
em loucuras
faziam tudo juntas
dividindo intimidades
contando segredos no escuro 
gargalhando por ruas
bebendo em bares
uma era santa, a outra louca 
e ambas santas e loucas
eram de verdade
lutaram em busca de viver o que estavam sentindo
nadaram contra forças e opniões
não estavam nem aí pra qualquer burburinho que tentasse estragar as coisas
uma visitava diariamente a casa da outra
falavam em uma mesma
em como seria
em filhos
cães
estavam viciadas nelas mesmas
cada uma de um jeito
as duas assim
houve choro
houve dúvida
houve medo
e agora há tudo que o encontro traz
é amor, amor, amor
que ecoa em cabeças
que faz acelerar o peito e estimular o coração
que suaviza as feridas com a presença
que felicita o ser com a mesma e frequente pessoa.

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