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13 de jun. de 2012

Uma porrada no estômago violenta

Lá fora o sol brilhando
azul pra caramba
e estou aqui dentro
preso nesse escritório
tentando seguir as regras do sistema
sendo como todos eles
de terno e gravata e dinheiro no banco
atualmente não tenho um puto.
Minha conta está zerada
deixei meus últimos trocados no bar, nos goles da última madrugada
fiquei tão louco
e os amigos estavam sorrindo
vi o meu amor
e ela me deu um beijo na testa
fui ao banheiro retocar a maquiagem
quando voltei ttomei um susto
peguei a mulher que amo amando outro
fiquei tão down
fiquei tão heavy metal
e mais nada fazia sentido
a vida tinha me dado uma porrada na cara
e o estômago dorido agonizava ainda mais as dores da minha alma
que nesse momento tornava-me um pobre coitado, bêbado, fudido e mal pago.

Acordei na manhã seguinte com uma ressaca
e o relógio tocava alto
a ditadura calada da vida que já vem pronta antes da gente nascer
e agora eu tentando entender e juntando os pedaços de ontem
sofria calado 
chorava baixinho
gritava
pra tentar entender onde eu havia errado.

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