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26 de jun. de 2012

Feito um louco

Vai ver que eu seja tão inútil que nada presta
que nada nunca dará
perdido em uma bolha invisível
em pensamentos que me levam tão longe
ando vagando
nas minhas mãos, não tenho nada
feito um inseto livre
um bicho que não será domesticado jamais
que não será de ninguém 
porque não há meios de querer ficar até não poder mais sair
e todo o amor que há no peito morre
feito um castelo de areia na praia
morto, abatido, feito um boi para churrasco
uma onda de repente violenta me pega 
e eu tomo um caldo violento
respiro
estou vivo, completamente perdido
me indica a direção
me dá as fichas desse jogo que já deixou de ser interessante
mostre-me o caminho para uma compreensão de tudo
porque viver na incerteza as vezes faz pirar.

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