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29 de ago. de 2011

IN

O que era nosso,acabou

Ficou eu

Ficou tu.

Tudo o que era eu e você está na lixeira da rua.

E nada fica mais aqui latente

nada mais é intenso contigo

as sensações em mim jamais morrem

sou rio que corre

sou mar incerto repleto de correntezas

abismos &
brutalidades

violências transgressoras

sou o aborto certo

o sangue que é cuspido

sou

sou

sou

apenas a combinação de tudo o que é sentido

sou de sentir

a luz

a boca

tua língua.

Eu sinto e pouco penso

Meus dedos correm na máquina em que escrevo

E agora completamente perdida ou encontrada com tudo o que está lá dentro, no fundo, nas águas que não param e que moram internamente.

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