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17 de ago. de 2011

Do homo-mente para o homo-máquina

O declínio da introspecção vem da atualidade hiperestimulada, globalizada, tecnológica
o que atualmente vemos é uma espetacularização,
exibição de eu´s
 de prazeres,
excitações,
euforias,
gozos.
E tem as "doenças",
mal estar
as insatisfações da consciência
inquietações
perturbações
e a cura imediata para qualquer mal,
Prozac.

Ninguém  mais aceita a irritação, a negação, os sofrimentos
os conflitos inerentes no sentido trágico da vida
de nossas vontades e desejos reprimidos, transgressões, questões internas
buscamos respostas(soluções!) imediatas.
E muitas vezes esquecendo que essas respostas(soluções) estão intimamente aprisionadas lá no fundo de nossas próprias entranhas, 
eu,
eu,
eu...lá dentro.

Por medo de fracassar, de não obtermos o sucesso imposto
atualmente todos nós evitamos as instabilidades, as fúrias
tudo porque precisamos estar sempre: "bem-estar"
onde impera a ditadura da felicidade.
Se você acorda com cólera e ódio, não terá sucesso
não será aceito pela massa de bolo que reprime vontades, condena, bate, agride e mata.

Atualmente o que posso observar e não me excluindo disso...
todos nós estamos buscando soluções imediatas e não é a toa que o PROZAC é o remédio, (a cura milagrosa imediata)  mais vendido no mundo.

Ninguém mais respeita Freud, Jung, a psicanálise que se foda.
Porque a proposta da psicanálise é justamente a contramão do fluxo...
é longa e dolorosa, te faz ir lá no fundo,
acessando a  sua interioridade,
individualidade,
singularidade.

Todos buscando os 15 minutos de fama anunciado por Warhol.
Todos esperando aprovação do grande público, buscando o olhar do outro.

E onde está o seu próprio olhar, seu próprio ponto de vista,seu sentimento?

Onde é que está você, o que é você...?

Decifrando/ devorando/ adorando o texto/idéias de Paula Sibilia

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